terça-feira, 20 de maio de 2008

Plantas: sobrevivendo sozinhas

Se você vai viajar, e não tem quem vá regar suas lantinhas e já está com receio de perdê-las, por falta de água, pode ficar tranqüila, pois aqui está a solução!

Procedimentos
Existem várias maneiras de deixar as plantas recebendo água. Todos elas são fáceis e vão garantir de 7 a 10 dias a sua tranqüilidade, enquanto estiver fora de casa.

Veja como fazer:

» Sabe as embalagens de soro, usadas em hospital? Pois é! Arrume uma, encha de água, regule o conta-gotas determinando o tempo que você acha ideal para cada plantinha, pois umas precisam de mais água e outras de menos. Feito isso, é só colocar a ponta do conta gotas na terra. Caso seus vasos sejam grandes e precisem de uma demanda maior de água, então utilize-se de uma garrafa plástica de refrigerantes com uma rosca. Faça um furo dosador na tampa e outro no fundo da garrafa e prenda a garrafa de ponta cabeça sobre a terra do vaso.
» Se não forem muitos os vasos, você pode encher a cuba da pia da cozinha ou do banheiro com água. Molhe um pano de prato e dobre-o ao meio. Coloque agora metade do pano de prato na água e a outra metade sobre a pia, com o vaso apoiado em cima do pano. O pano estando o tempo todo úmido vai enviar a mesma umidade para sua plantinha, pela base do vaso.
» Outro recurso, é colocar pedras de argila. Se quiser, pode encher o prato da planta com água e junto com ela deixar algumas pedras de argila. O vaso continuará úmido até sua volta.
» Pronto! Pode viajar tranqüila, pois quando voltar, suas plantas vão estar bonitas do jeitinho que você as deixou.

Fonte: osnoivos.uol.com.br

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Samambaias


As samambaias


Imagine que muito antes de existirem plantas com flores, gigantescas plantas dominavam florestas imensas e nem sequer produziam sementes. A cena existiu na verdade, há milhões de anos, quando samambaias gigantes cobriam a Terra de verde e se propagavam por meio de esporos ou pela divisão de seus rizomas. Elas são realmente muito antigas, tanto que várias das famílias das samambaias já nem existem mais.

O nome "samambaia" vem do tupi "ham ã’bae" e significa "aquele que se torce em espiral". Seu habitat natural não são apenas bosques e florestas: algumas samambaias podem viver nas rochas, outras em penhascos à beira do mar e há aquelas que vivem na água. O certo é que ao longo destes milhões de anos, as espécies foram se adaptando a todo tipo de ambiente. Entretanto, uma característica em comum à maioria das espécies é a preferência por locais sombreados. A dica é importante para quem quer ter sucesso no cultivo destas plantas: se conseguirmos reproduzir em casa as condições naturais em que elas vivem, os resultados serão bem melhores!

"Grandes Famílias"

Das várias famílias botânicas (que sobreviveram) das samambaias, nove são mais conhecidas e a maior parte dos gêneros utilizados em paisagismo é proveniente dos trópicos, com destaque para as espécies que pertencem à família das Polipodiáceas. Aqui, vamos citar os gêneros mais famosos e algumas espécies que melhor exemplificam:

Família das Polipodiáceas
Gêneros mais conhecidos:

Asplenium (ex: asplênio ninho-de-passarinho)
Adiantum ex: avencas)
Davallia (ex: renda-portuguesa)
Nephrolepsis (ex: paulistinha)
Polypodium (ex: samambaia-de-metro, do amazonas, etc.)
Pteris (samambaia-prata)
Família das Equisetáceas
Gênero mais conhecido:

Equisetum (ex: cavalinha)
Família das Equizeáceas
Gênero mais conhecido:

Lygodium (ex: samambaia-trepadeira)
Família das Ciateáceas
Gêneros mais conhecidos:

Cyathea e Alsophila (ex: samambaiaçús)
Família das Dicksoniáceas
Gênero mais conhecido:

- Dicksonia (ex: Dicksonia sellowianna, usada na fabricação de xaxins)

Multiplicando as formas

As nove principais famílias botânicas reúnem cerca de 10 mil espécies de samambaias, oferecendo uma enorme variedade de tamanhos e formas, lembrando rendas, chifres, espinhas de peixe, etc.

Multiplicar estas maravilhas da natureza pode render novos e belos exemplares. Como já foi explicado, são dois os processos de reprodução das samambaias: vegetativo e por esporos. A multiplicação por esporos é bem mais complicada e exige conhecimento e técnica. Por essa razão, vamos nos concentrar na propagação vegetativa – mais simples, que pode ser feita por qualquer "aprendiz de jardineiro":

Divisão de touceiras:
Um vaso bem cheio pode render boas mudas. Comece retirando a planta do vaso, com muito cuidado para não machucá-la, soltando todo o torrão. Vá manipulando o torrão delicadamente, soltando a terra, até localizar as touceiras. Aí é só separá-las e plantá-las em seus novos recipientes. Aproveite para limpar as mudas, retirando os ramos secos e as folhas da base.

Divisão de rizomas:
É o sistema usado para multiplicar espécies como renda-portuguesa (Davallia) e samambaia-amazônica (Polypodium). Quando a planta produzir aquela "rede de rizomas excedentes", retire-os cortando com um canivete ou tesoura bem afiados. Observe que os rizomas devem ter pelo menos duas gemas (são os pontos de crescimento, onde nascerão as mudas). Plante os rizomas (com cerca de 10 cm) nos novos vasos, já com terra preparada, sem enterrá-los, coloque-os obliquamente.

Extração de mudas:
Este método é usado para as variedades conhecidas como chifre-de-veado (do gênero Platycerium). Elas geram brotações ou filhotes, que surgem nas paredes dos vasos e nas placas de xaxim. Para retirar estes filhotes, é preciso esperar que a muda comece a soltar as primeiras folhinhas compridas. Usando um canivete bem afiado, recorte o pedaço de xaxim onde está a muda e plante no novo local. Para dar maior firmeza, pode-se prender a plaquinha com a muda usando um pedaço de arame ou ráfia.

Dicas de Cultivo

A maior parte das espécies preferem ambientes sombreados. Cantinhos úmidos e sombreados no jardim são ótimos locais.
O vento é um dos maiores inimigos das samambaias, causando "queima" das folhas mais jovens e perda de água por evaporação.
Samambaias não gostam de alterações de lugar, pois elas acostumam-se com a luminosidade, temperatura e umidade local, podendo definhar e até morrer com as mudanças.
A mistura de terra para cultivo deve ter um pouco de pó de xaxim ou composto orgânico bem curtido. Para a maioria das espécies a seguinte mistura vai bem: 1 parte de terra, 2 partes de composto orgânico ou pó de xaxim e 1 parte de areia grossa.
Recomenda-se manter o solo sempre úmido, mas cuidado com os excessos: nada de encharcar.
Normalmente as samambaias são cultivadas em xaxins, que retêm mais a umidade e permitem que as raízes respirem melhor. Atualmente, temos a opção dos vasos e placas feitos com fibra de coco – que substituem o xaxim, preservando a Dicksonia sellowianna, em vias de extinção.
A limpeza da planta é importante: aproveite para eliminar ramos secos ou doentes.
Uma vez por mês, pode-se aplicar fertilizante específico para samambaias, seguindo as orientações do fabricante.
Fora com as pragas

As samambaias são pouco atacadas por pragas, mas podem ocorrer tatuzinhos, lesmas e pulgões. O ideal é evitar o uso de inseticidas

Cultivo do Comigo ninguém pode


Nome popular: Comigo-ninguém-pode; difembáquia.
Nome científico: Dieffenbachia amoena Bull.
Família: Araceae.
Origem: Colômbia e Costa Rica.

Observações: Herbácea perene, de 20 a 50 cm de altura, com folhagem muito ornamental. Produz flores no verão, mas essas não possuem valor ornamental.

É muito sensível a baixas temperaturas, sendo indicada somente para regiões tropicais e subtropicais.

Cultivo: É cultivada em vasos, em conjuntos isolados ou em jardineiras à sombra ou meia-sombra, protegida do vento, com terra enriquecida de húmus e bem suprida de água. As folhas são consideradas venenosas.

Multiplica-se por estacas, as quais são obtidas quando a planta torna-se muito alta, dividindo-se o caule em pequenos pedaços e estaqueando-as no próprio local ou em vasos, em qualquer época.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Flor de Maio


Nome Científico: Schlumbergera truncata
Sinonímia: Epiphyllum truncatum, Zygocactus truncatus
Nome Popular: Flor-de-maio, cacto-de-natal, cacto-da-páscoa, flor-de-seda
Família: Cactaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene
Um dos cactos mais apreciados e difundidos, a flor-de-maio, floresce em pleno outono, o que lhe confere o nome de flor-de-natal no hemisfério norte. Por este motivo é bastante comercializado nestas época para presente. Seu caule é formado de várias partes (artículos) que podem ser destacados para formar novas plantas. A cada ano, após a floração, formam-se novos artículos que serão os responsáveis pela próxima florada. Suas flores delicadas, grandes e brilhantes, podem ser rosas, brancas, laranjas e vermelhas e atraem beija-flores.
Deve ser cultivado em substrato para epífitas misturado à terra vegetal, regada periodicamente, à meia-sombra. Fica muito bem isolada em vasos ou em combinação com outras epífitas, sobre árvores e paredes preparadas.

Principal Cuidado Com Esta Planta


No Brasil ( Hemisfério Sul ) o período de florescimento desta planta inicia-se em maio. (outono)Após 2 ou 4 semanas as flores caem e o número de horas do brilho do sol torna-se importante aumentar para a propagação vegetativa.
Entretanto, a planta necessita de água e luz solar a vontade até julho. (inverno)
Lembre-se que esta planta está proibida de receber muita luz e água após agosto, devido a poderosa luz do sol tropical ser perigosa para ela e também é um cacto (epífita).(primavera)
O período de dormência desta planta inicia-se em novembro, desta maneira o controle da água e luz é necessário, mas pouca e suficiente para viver na sombra. (verão)
Quando a estação do verão está chegando a planta inicia sua ação fisiológica de dormência.Após abril a luz e temperatura diminuem naturalmente, ela está acordando com suas flores. (outono/ inverno)

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Jardim: vale a pena ter um?


Já não é necessário ser naturalista para ver que nossas cidades são monstruosas. Todos começamos a sentir que o que chamamos "progresso" é, na verdade, uma corrida grotesca que nos torna cada dia mais neuróticos e desequilibrados.

Necessitamos de compensações. O jardim pode ser uma destas compensações. Além de contribuir substancialmente para a saúde do corpo e da alma, a jardinagem poderá constituir ocupação de grande valor educativo, pois nos fará sentir a Natureza, da qual estamos tão alienados. Mesmo quando praticada em escala mínima, a jardinagem restabelece um certo elo entre o homem e a Natureza, abrindo-nos os olhos para seus mistérios. Tivéssemos mais jardins, públicos e privados, seria mais amena e menos embrutecedora a vida nas cidades.
Fazer ou não um jardim que cumpra tão importantes funções depende menos dos meios de que se dispõe do que da própria inclinação e disposição diante da tarefa. Quem é muito rico e dispõe de muita terra é claro que poderá, se quiser, fazer um imenso parque, com paisagismo esmerado. Mas com meios muito modestos também se pode fazer muita coisa, não menos interessante. Grande contentamento e paz de espírito pode-se obter com meios irrisórios. Há os que sabem fazer jardins fascinantes em poucos metros quadrados e que obtêm imensa satisfação no cuidado que lhes dispensam. Até no balcão de uma janela pode-se cultivar um pedaço de natureza, e mesmo num pequeno aquário pode surgir um jardim submerso encantador. A Natureza oferece um sem número de possibilidades. Quem sabe observá-la e tem imaginação nunca cansará de maravilhar-se diante dela. Sempre descobrirá coisas novas e surpreendentes. Aprenderá a deleitar-se com ela.
Assim como eu posso gostar de jardins grandes e variados ou de árvores centenárias com seu vestido de epífitas, posso também deleitar-me com a arte do bonsai, que consiste em cultivar miniaturas de árvores. Em São Paulo, temos um grupo de japoneses que trouxe de seu país esta tradição. São grandes artistas. Alguns possuem exemplares de indescritível beleza. Estas miniaturas passam de pai a filho. Há os que possuem bonsais de 300 ou 400 anos. Dedicam muito tempo, paciência, amor e carinho a suas plantas. Devem obter tremenda satisfação e paz de espírito nesta arte.
Em nosso País, temos um flora exuberante - ainda exuberante, porque, da maneira como hoje a combatemos, em poucos anos já não sobrará muita coisa. Nossa flora é uma das mais ricas do mundo. Temos uma infinidade de plantas e comunidades florísticas preciosas que poderiam ser protegidas ou cultivadas. Há campo para especialistas e para generalistas, para os que gostam de dedicar-se a um só grupo de plantas como para os que preferem ambientes complexos. Para os primeiros oferecem-se as orquídeas, cactáceas, bromeliáceas, suculentas ou samambaias, musgos, aráceas, plantas aquáticas ou carnívoras e muitas, muitas outras. Para quem gosta de ambientes harmônicos, os nossos ecossistemas naturais oferecem exemplos de formas e combinações as mais diversas.
O que nos falta é a mentalidade para ver a beleza do nosso mundo. Somos cegos diante da Natureza. Se o homem industrial moderno está, em geral, alienado da Natureza, entre nós esta alienação atinge seu clímax. Predomina entre nós o esquema mental do caboclo que, quando lhe perguntei pelo nome popular de uma determinada planta silvestre, me olhou muito surpreso e respondeu: "Mas isto não é planta. Isto é mato!". Usava a palavra "mato" com entonação profundamente depreciativa. Eu quis saber então sua definição de "planta" e de "mato". Deu-me um olhar ainda mais incrédulo e condescendente e explicou que "mato" era tudo aquilo que vingava sozinho, que não prestava, que devia ser exterminado, e que "planta" era o que se cultivava, o que tinha valor, que dava dinheiro. Quando me afastei, tive a impressão de que ele me considerava um pobre louco, por não saber fazer distinções tão evidentes.
Quem tem este esquema mental nunca saberá, é claro, fazer um jardim realmente interessante, nem terá vontade para tanto. Fará, quando muito, um jardim convencional, do tipo que predomina entre nós, com canteiros geométricos, de preferência rodeados de concreto e com plantas desfiguradas pela tosa ou poda mutiladora. Quando enxergar uma árvore velha coberta de belíssimas epífitas, só pensará em como limpá-la de suas "parasitas". Nos loteamentos, preparará o terreno pela terraplanagem violenta, arrasando tudo o que é natural, para então construir as casas em uma paisagem lunar onde, para fazer um jardim todo artificial, terá que trazer terra vegetal de outro lugar, causando assim mais uma depredação no mato natural em que obtém esta terra.
Só saberá fazer um jardim que lhe proporcione realmente satisfação e serenidade aquele que aprende a amar de fato a Natureza, porque este se dedica pessoalmente às suas plantas. Nunca entregará seu jardim aos que vêm armados com serrote e tesoura de podar e que se dizem jardineiros, mas que são apenas massacradores de plantas. Só quem faz de seu jardim um hobby poderá dele tirar prazer compensador.
Não temos demonstrado a mínima sensibilidade nem reverência pelas coisas da Natureza. Já houve entre nós os que ofereciam "concreto verde" para aqueles que reclamavam mais verde. Nossas árvores urbanas estão todas em estado deplorável, por causa da absurda moda das mutilações periódicas, geralmente praticadas pela própria administração pública. Em ambientes como este, é difícil que floresça uma cultura jardinística como a que podemos observar em alguns países europeus.
Mas nunca é tarde para começar.
Fonte: Ecologia - Do Jardim ao PoderJosé LutzenbergerPorto Alegre 1985

Como se livrar de formigas no jardim, em casa


Formigas: no jardim, na cozinha, na sala... o que fazer?

As formigas são a praga que mais incomoda o homem, seguidas por baratas e cupins, conforme levantamento realizado em 2000 pelo pesquisador Paulo Roberto Corrêa, especialista em Entomologia Urbana, entre 350 empresas controladoras de vetores e pragas. Os problemas trazidos por formigas podem variar do simples incômodo a picadas e até mesmo a infecções hospitalares, de acordo com pesquisa realizada entre 1999 e 2000 pela docente da Pontifícia Universidade Católica de SP, Marcela Pellegrini Peçanha. Segundo ela, esses insetos podem transportar bactérias em seu corpo. Em outro trabalho, do professor Odair Correa Bueno, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), verificou-se a presença de 23 espécies de formigas num só hospital.

As espécies
Segundo a pesquisadora Ana Eugênia Campos Farinha, do Instituto Biológico de SP, há entre 20 e 30 espécies de formigas que vivem em estreito contato com o homem. Entre as mais comuns estão a Tapinoma melanocephalum (formiga-fantasma); a Paratrechina longicornis ou Paratrechina fulva (formiga-louca); a Linepithema humile (formiga argentina); a Monomorium pharaonis ou Monomorium floricola (formiga-faraó); a Wasmannia auropunctata (formiga pixixica), e também as dos gêneros Crematogaster (acrobatas); Brachymyrmex (sem nome comum); Camponotus (carpinteiras); Solenopsis (lava-pés) e Pheidole (cabeçudas), além de saúvas (gênero Atta) e quenquéns (gênero Acromyrmex), estas mais encontradas no meio rural.
As picadas das lava-pés, formigas pequenas que formam ninhos com montes de terra solta em áreas gramadas ou calçadas, podem resultar em leve coceira ou até em choques anafiláticos em pessoas alérgicas. "É que, a cada picada, a lava-pé solta veneno", diz Ana.
As carpinteiras são assim chamadas porque fazem ninhos em locais onde há madeira – troncos de árvores, batentes de portas e janelas, rodapés, forros, gavetas e armários –, escavando-a para fazer o ninho. De hábitos noturnos, elas também se instalam dentro de aparelhos eletrônicos, como videocassetes – hábito também observado nas formigas-faraós. De acordo com Ana, o número de cabeçudas e argentinas tem crescido. "Ambas as espécies expulsam outras formigas que já estejam no local. Estas se mudam e ampliam a infestação de todas as espécies".

Controle
O controle desses insetos pode ser químico ou natural. Iscas formicidas de ação lenta são as mais eficientes, porém nem todas funcionam com todas as espécies. "Iscas para saúvas não funcionam com formigas urbanas", diz Ana. Inseticidas convencionais também não são a melhor forma de combatê-las. "Matar esses insetos com inseticida não é eficiente, pois dentro de casa fica no máximo 30% da colônia. O resto fica no ninho".
O proprietário da MRZM – Indústria e Comércio de Produtos Contra Pragas Urbanas, Francisco Mascaro, indica iscas atrativas microgranuladas. Espalhadas em pequenas porções nos armários e locais de passagem das formigas, elas atraem os insetos que, em vez de comer a isca no local, levam-na para o ninho, dividindo-a com a colônia. O produto, venenoso, mata o formigueiro. Uma caixa da isca com cinco envelopes de 2,5 gramas custa em média R$ 10 e é suficiente para um apartamento de 100 metros quadrados. "A quantidade de veneno é pequena e não prejudica o ser humano".
O gerente-regional da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri) de Santa Catarina, Osvaldir Dalbello, diz, porém, que o controle químico deve ser a última alternativa e indica a prevenção como melhor solução: higienizar os ambientes, diminuir a oferta de alimentos e mantê-los bem acondicionados, embalar e dispensar diariamente o lixo e vedar frestas de azulejos "pode ser um bom começo", diz.
Os aparelhos de ultra-som são, segundo Mascaro, outra opção. O aparelho altera o campo magnético e faz com que as formigas percam a referência de localização. "Ele funciona com eletricidade, não esquenta e não causa danos ao homem." O ultra-som cobre um raio de até 200 metros quadrados, independentemente da existência de barreiras físicas. O preço médio é de R$ 170,00.
Remover ninhos visíveis, como os das lava-pés, é uma alternativa que exige persistência, explica Ana Eugênia. Joga-se, no caso, uma solução de metade água, metade água sanitária ou apenas água fervente nos ninhos. A aplicação deve ser feita à tarde, para que a água sanitária não queime o gramado.
Para eliminar formigas residenciais é preciso identificar ninhos em potencial, como buracos em azulejos. Com uma seringa, aplica-se uma mistura meio a meio de água e detergente e, posteriormente, fecham-se os furos com parafina, cimento ou sabão. Se as formigas voltarem, significa que o ninho da rainha não foi eliminado. Repetem-se as aplicações até atingir o ninho principal.

Repelentes
Alguns métodos repelentes também são indicados, conforme explica o professor Bueno, da Unesp Rio Claro. Ele esclarece, porém, que não é possível livrar-se da totalidade dos insetos só com essas receitas. A sugestão é distribuir punhados de cravo-da-índia, folhas de louro, cascas de limão ou de tangerina – que possuem óleos essenciais repelentes – pelos cantos dos armários ou da casa. Dentro do açucareiro, pode-se colocar um sachê feito com gaze e cravo-da-índia. Em todos esses casos, é necessário fazer a troca a cada duas semanas, para que o cheiro não se dissipe.
Para a área rural, são indicadas iscas formicidas de ação lenta contra formigas cortadeiras. Dependendo do princípio ativo, podem ser tóxicas às formigas, agindo por ingestão, ou ao fungo que as alimenta no ninho, levando os insetos a morrer de fome. Devem ser usadas de acordo com as instruções do fabricante.


Fonte: estadao.com.br

sábado, 22 de março de 2008

Cuidados para um gramado perfeito



Quem nunca deitou na grama e olhou para as nuvens numa linda tarde ou a noite para admirar as estrelas? Acho a grama essencial num belo jardim, e uma das primeiras plantas a serem providenciadas. Neste artigo vamos descobir como manter uma grama bonita, sem ter que gastar muito com os serviços de um profissional de jardinagem e o que a grama precisa e o que podemos fazer para mantê-la sempre bonita.

O que é a grama?
A grama é o nome comum da família de plantas Gramineae. Com mais de 9 mil espécies conhecidas, essa família é uma das maiores do planeta. Há alguns tipos muito comuns, embora a maioria das pessoas nem faça idéia disso: o arroz, o milho e a aveia estão incluídos.

Também há outras utilidades para essa espécie. A maioria dos animais de criação se alimentam principalmente de gramas. Em algumas partes do mundo, pessoas usam plantas da família das Gramineae em construções (como o bambu, por exemplo) e aonde quer que cresça, elas desempenham um papel vital na contenção da erosão. A grama também é usada para fabricar açúcar, bebidas alcoólicas, pão e plástico, entre muitas outras coisas.

As gramas têm uma estrutura muito simples. Na sua base, as raízes crescem na direção da terra. Em geral, as raízes são fibrosas ou em espiral. Elas se estendem pelo solo recolhendo nutrientes, absorvendo água e prendendo a planta no solo.

As hastes da grama, chamadas colmo, crescem a partir da base da planta (a coroa). Na maioria das espécies, os colmos são côncavos e rígidos, exceto nos nós, que são juntas que unem os segmentos das hastes.

Folhas estreitas se estendem a partir dos colmos, acima de cada nó. As folhas se alternam na direção. Ou seja, se a primeira folha de um colmo crescer para a direita, a segunda folha crescerá para a esquerda, a terceira folha para a direita e assim por diante.

A parte inferior da folha é chamada de élitro e a parte superior é chamada de espada. Na maioria das gramas, uma lígula envolve a ligação entre o élitro e a espada. A lígula pode ter a forma de uma fina membrana.

Como as folhas de uma árvore, as folhas da grama coletam energia da luz do sol através da fotossíntese. A clorofila dá à grama a cor verde.

Há dois métodos principais de reprodução, nas gramas. Algumas têm hastes extras que crescem para os lados, abaixo do solo ou bem acima dele. As hastes que se arrastam pelo solo são chamadas de estolho e as hastes que crescem abaixo dele são chamadas de rizoma. As gramas usam estolhos e rizomas para se propagar e formar novos colmos. O estolho ou rizoma nutre a nova planta até que ela seja forte o bastante para sobreviver sozinha.

As gramas também têm flores. As pequenas flores, na maioria das espécies de grama, são conhecidas como flores minúsculas. As flores minúsculas crescem em pequenos grupos chamados espiques, que juntos formam inflorescências. As flores produzem os esporos que polinizam outras flores, as quais produzem sementes (este site - em inglês - explica a reprodução da grama em detalhes).

Em alguns tipos de gramas, como o milho, a haste e a parte da flor são óbvias. No entanto, nas gramas de jardim, as folhas finas e compridas fazem sombra aos outros elementos da planta. A menos que esteja perto, tudo o que você irá ver são caules verdes.

Os elementos básicos
Digamos que você queira uma grama perfeita, um belo carpete verde em volta da sua casa, que se pareça com o de um campo de golfe. Isso é possível? Não só é possível, como também não é complicado. Mas as dicas deste artigo funcionam em regiões de clima mais temperado.

Como na maioria das plantas, a grama precisa de três coisas para sobreviver:

luz do sol
água
nutrientes
Além disso, ela precisa estar livre de elementos destrutivos, como:

ervas daninhas
doenças
insetos
Se você tiver a variedade correta de grama e ela tiver atendido aos requisitos acima, certamente você terá um belo gramado.

Solo
Nenhuma quantidade de água ou luz do sol irá deixar a grama verde e vistosa se o solo onde será plantada for um solo pobre.

É necessário ter um cuidado especial com a raiz. As raízes absorvem água, coletam nutrientes, sustentam a planta e, em algumas espécies, espalham-se para formar novas plantas. Uma planta só pode fazer isso se o solo for o correto.

O solo precisa ser fofo para que as raízes da grama possam se espalhar com facilidade, absorvente o bastante (uma vez que irá coletar água) e muito rico para fornecer nutrientes à planta. As raízes também precisam de uma determinada quantidade de circulação de ar, portanto, o solo não pode ser muito compacto.

Em tese, o ideal seria a marga, tipo de solo que possui quase as mesmas quantidades de sedimento, areia e barro. Uma marga "perfeita" contém 40% de sedimentos, 40% de areia e 20% de barro. A marga é bastante fofa, mas tem barro suficiente para absorver a água de forma efetiva.

A proporção de pH do solo também é importante. Ela irá informar a acidez ou alcalinidade relativa do solo. O nível de pH ideal é cerca de 6.5 ou 7, mas os níveis podem variar entre espécies diferentes de grama e condições de clima.

Se for preciso aumentar muito o nível ácido, pode-se adicionar enxofre e para reduzir, deve-se adicionar cal.

Para melhorar o solo, pode-se corrigi-lo com uma camada superficial de compostagem ou fertilizante.

Depois do solo, o fator mais importante no cuidado da grama é a espécie da planta. Na próxima seção, vamos ver o que está envolvido no processo de escolha da grama correta.

Tipos de Gramas

- Grama Curitibana (Axonopus Afinis) - Também conhecida como grama São Carlos, grama Tapete ou grama de Folha Larga, de acordo com a região de produção e comercialização.
Características - Possui folhas largas, lisas e sem pêlos, é de cor verde intensa, se desenvolve tanto no sol, como em locais semi sombreados, úmidos ou rochosos, ideal para climas quentes e frios, se desenvolve de forma acentuada no verão.
Utilização - É a grama mais utilizada em todo Brasil, utiliza-se em jardins residências, comerciais, beiras de piscinas e casas de campo e praia, isso graças a sua fácil adaptação a qualquer clima.

- Wild Zoysa - Também conhecida como grama Esmeralda
Características - Possui folhas estreitas, de cor verde acinzentado, se desenvolve muito bem em climas quentes, pouco resistente geada, a mesma possui ótima resistência ao pisoteio, isso devido ao grande desenvolvimento de suas raízes, não cresce muito para cima, facilitando a manutenção, sendo assim requer pouca poda.
Utilização - Jardins residenciais, comerciais, industriais, praças e campos para a pratica de esportes diversos.

- Grama Batatais (Paspalum Notatum Flugge) - Também conhecida como grama Forquinha.
Características : Possui folhas estreitas, de cor verde claro, geralmente duras e ligeiramente pilosa, resiste bem as secas e pisoteio, evita a ação da erosão e forma gramados densos e baixos, apesar da resistência, a grama Batatais precisa de muito sol
Utilização: Jardins em parques para a pratica de esportes diversos, taludes, praças, casas de praia e beira de rodovias.

CUIDADOS AO PLANTAR SUA GRAMA.

- Certifique-se de que o solo onde será feito o plantio da grama, esteja devidamente nivelado e adubado e também que exista torneiras próximas para irrigação.
- Após a colocação das placas de grama no solo, faça uma cobertura de terra vegetal com aproximadamente 0,02 cm de espessura.
- Após a execução desse processo, irriga-la diariamente no período de 7 dias, sempre ao final do dia, quando o sol estiver bem fraco, para que as folhas não sejam queimadas durante o período de adaptação.

CUIDADOS PARA ESTOCAR

- No caso de não utilizar o total de grama recebida no dia, procure deixa-la em um ambiente arejado e com a placas, espaçadas umas das outras, desta forma terá uma grama saudável pelo período aproximado de 3 dias.

MANTENDO SUA GRAMA SAUDAVEL

- Procure poda-la uma vez ao ano, manter a terra sempre fértil e cobri-la com terra vegetal no inicio do inverno.

Fonte: www.unijardins.com.br / http://casa.hsw.uol.com.br/grama.htm